domingo, 4 de abril de 2010

Quem era ela?

Uma vez conheci uma garotinha que falava pelos cotovelos. Era tão "mulher velha", tão resolvida e tão decidida. Depois de muito tempo, voltei a pensar nessa garotinha, por onde será que ela andava? O que estava fazendo? Estaria bem resolvida? Então, perguntei para as pessoas que a conheciam na época. Achei que seria fácil descobri-la. Como estava enganada. Parece que ela desapareceu, não deixou endereço, telefone ou um adeus. Sumiu no meio do mundo...Mas não ia conseguir sossegar enquanto não a encontrasse. As buscas tiveram inicio!

Procurei por meses a fio. Pedi licença no trabalho, fiz viagens, conversei com pessoas de vários lugares do país e do mundo. Achei que estava ficando louca, achei que estava obcecada, achei muitas coisas, mas continuei. Virou "questão de honra".

Depois de alguns anos, minha busca teve fim. Não foi o final esperado e nem muito menos o final previsível. Ela estava crescida. Estudava algo que pudesse ajudá-la a ajudar as pessoas. Estava bonita, mas não tinha mais a altivez no olhar e nem a segurança de quem sabe o que quer e como conseguir. Perguntei, alarmada, o que tinha acontecido para ela está tão diferente, tão igual a todo mundo... Ela me disse que assim como a beleza está nos olhos de quem ver, a segurança e todo aquele ar decidido nunca existiram de fato, mas as pessoas gostavam de vê-la tão esperta e dona de si e por isso - só por isso - a enxergavam assim. Não fiquei satisfeita com essa resposta, afinal, eu a conheci. Tinha certeza de como ela era... Cheguei a falar-lhe isso e, então, ela sorriu, um sorriso cansado e disse: quanta ilusão és capaz de abrigar, mesmo agora que a verdade de bate na porta, teima em não atendê-la e teima em se iludir. Se você me perguntar se eu sou feliz agora, direi que sim, afinal de que adianta achar que sabe o que quer e como conseguir se nesse processo você esquece de olhar o caminho e tudo aquilo que o molda? De que adianta a ilusão da segurança, se o sentimento de se sentir sozinha dói dentro, bem dentro do peito? Aquela garotinha, era apenas uma garotinha, a viam como alguém que ela não era, simplesmente porque não conseguiam ou não queriam ver de outra forma.

É tão fácil se perder no mundo, mas mais fácil ainda é perder-se dentro de si mesmo..

ps: tava doente :/ mas já tô melhor! :)

x* namastê *x

4 comentários:

Anônimo disse...

Acho que esse é o teu melhor texto. Não, não... Este é, SEM DÚVIDAS, o teu melhor texto.
Ai, Lua, tá tão gostoso de ler que até bateu uma falta dessa garotinha que, talvez, ainda esteja altiva por aqui :)

Anônimo disse...

HUIEHAOISHEOAISHEIASHEUOIASHSAE
Ai, ai, Lua.
Prazer, Maria Olívia ;x

Anônimo disse...

HIUESHAOISUEHUAISEHE PIOR QUE NEM APAGUEI, MENINA! De onde tirastes isso?

Eu falei pra umas pessoas. Tipo... Três, contando contigo ;x Mas NÃO ESPALHA! ;x

;*

Anônimo disse...

Nossa que texto lindo e profundo...

adorei!


Roberta