quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"eu abracei seu corpo e lhe falei sorrindo:
a gente esquece o que passou
mas ela foi embora e nunca mais voltou
e foi assim que tudo acabou..."


Pele nas unhas
sangue na saliva
cabelos desgrenhados, corpo suado..
esses encontros às sextas estavam saindo do controle.
isso quando não despertava
sem saber quem ers e onde estava
Os anos de revolta já haviam passado
o que queria agora nem ela sabia...
O ritual permanecia
todas as sextas com um estranho qualquer
Antes de sair sempre deixava um recado
para o caso de não voltar
porém sempre estava em casa às 6 do sábado.
de volta para o apartamento fazio,
para a vida vazia, transbordante de tédio
e para mais um dia de monotonia.
Não havia espaço para reflexões
ela não era disso..
Mas naquele dia, por mais que se lavasse
o cheiro ou seria odor(?) daquele cara permanecia,
assim como o gosto do seu sangue já velho...
Se enxugando olhou de relance no espelho
sorriu um sorriso conhecido...
na sua nuca ele havia anotado um telefone
não era a primeira vez que isso acontecia,
já havia chegado em casa com telefones também desconhecidos
por todos os (en)cantos e contornos do seu corpo
Contudo aquele lugar inusitado a fez pensar
e uma curiosidade do tipo infantil tomou conta dela
Um telefonema. Uma voz rouca. Um respiração acelerada.
A voz rouca de novo. Um voz suave e hesitante. Risos.
Descobertas. Voz rouca e doce ao mesmo tempo.
tun tun tun tun tun tun tun tun tun...


Trilha: Ela voltou diferente (Odair José) :)

x* namastê *x

2 comentários:

Flavio Ferrari disse...

A Dama do Lotação.

Anônimo disse...

Uau, que história! Não consegui parar de ler, me deixou curiosa! Hahaha

Gostei daqui ;)