domingo, 7 de março de 2010

Ela

Pequenos acidentes acontecem cotidianamente. Com todos. Mudanças também...


Quando tinha 4 anos, seus pais se separaram..não consegue lembrar de muitas coisas ou melhor não se lembra de nada... Só sabe aquilo que dizem que ela passou, dizem que ela sentiu, dizem que ela fez, aquilo que dizem, os outros.

Aos 7 anos mudou de colégio. Um colégio de freiras, com orações antes da sala de aula, com uma grande biblioteca e com toda a vontade do mundo de se encaixar.

Aos 12 anos mudou de colégio. Foi para um mais perto da sua casa, mas levou uma amiga junto. Foi bem feliz! Fez mais amigas e por mais que os problemas familiares e a confusão mental permanecesse, ela era ela.

Aos 15 anos estava tão cansada das suas frustrações amorosas, seus amores platônicos, seus castelos de areia que tremulavam e desabavam na sua frente... Continuava feliz, mas continuava com problemas...

Aos 16, se mudou para outra unidade da sua escola, mais longe de casa, mas as amigas foram junto (mais uma vez). Costumava se sentir muito sozinha, mesmo estando rodeada de gente, mesmo com os amigos, mesmo com um namorinho aqui outro ali, mesmo não achando que deveria se sentir assim, mesmo sabendo que não era a única. Foram tempos de muita produção e descobertas... Ela estava mais espiritualizada, escrevia de forma compulsiva e escutava dia e noite sua banda preferida: legião urbana!

Aos 18, uma nova fase começa para ela. Entra na universidade, no curso que desejava, de primeira. Deixa para trás os caminhos já conhecidos e confortaveis da escola e adentra numa instituição completamente diferente, que exige coisas diferentes e que dá uma liberdade enorme. Faz mais descobertas.. Mesmo sem as amigas da escola é possível seguir em frente e ela segue..

Aos 22, perto de iniciar uma nova etapa, ela sonha e projeta um futuro onde é capaz de ser feliz, novamente. Ser e Fazer feliz alguém... Ela acha que é a mesma menina de sempre, com algumas variações e mudanças e no fundo ela é.

Aos 26, sente que o mundo é a sua casa e que não conseguiria - mesmo se tentasse com força - voltar a vida de antes, ela está tão mudada, mas, de certa forma, permanece a mesma menina. Quando se olha no espelho, ela se reconhece e sorri.

Um comentário:

Lucão disse...

Poxa.. que bonitinha, Luna.
Agora eu te conheço mais um pouco, pois duvido que não seja você
:)

gostei, mto honesta bem doce, como sempre
beijo!