Chegou em casa por volta das 2h da manhã. Seguiu o velho ritual: tirou a sandália, foi para o banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho. Se olhou nos olhos e perguntou como quem não quer nada: Quem é você? Não esperou resposta e nem queria ouvi-lá... São tantas ideias falsas, mentiras transvestidas de verdades. Pensou em como tinha sido a noite e em uma rápida avaliação declarou: é, mais uma vez, nada demais. Se censurou por ainda criar expectativas, mesmo não indo tão longe... Suas esperanças não requerem encontros mágicos e transformadores, quer, apenas, sentir que ainda pode se divertir num sábado á noite. Só. Por que parece tão fácil para os outros? O que falta nela? Não tem mais saco para sorrisos "amarelo", olhares indiscretos, "jogadas de charme". Quer clareza, sutileza e o mais importante: quer simplicidade. Meio adormecida ainda reflete se valeria a pena se desapegar dos seus princípios e arriscar algo que ela não é, blefar. De olhos fechados e já embalada pelo sono sussurra: não, ainda não...
x* namastê *x
Ps: preciso de um livro que prenda minha atenção.